Por Stella Dawson
WASHINGTON (Thomson Reuters Foundation) - Países ricos e pobres concordaram em revisar o financiamento global para o desenvolvimento, destravando recursos para uma ambiciosa agenda a fim de acabar com a pobreza extrema, proteger o meio ambiente e melhorar as oportunidades econômicas até 2030.
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciaram o acordo em sua página na Internet, após três dias de duras negociações em Adis-Abeba sobre como financiar as novas Metas de Desenvolvimento Sustentável (MDS) que líderes mundiais devem adotar em setembro.
"Este acordo é um passo importante em direção à construção de um futuro sustentável para todos", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em sua página.
"Os resultados aqui em Adis-Abeba nos dão a fundação de uma revitalizada parceria global para desenvolvimento sustentável que não deixará ninguém para trás."
Especialistas em desenvolvimento estimam que custará mais de 3 trilhões de dólares por ano para financiar 17 novas metas de desenvolvimento, que vão desde acabar com a pobreza e a fome até garantir educação de qualidade para todos, alcançando igualdade de gêneros e tornando as cidades mais seguras e sustentáveis.
No centro de acordo há uma estrutura de trabalho para que países gerem mais receitas tributárias domésticas a fim de financiar sua agenda de desenvolvimento, em vez de depender de auxílio internacional.
Os países concordaram em ampliar sua base tributária doméstica, aumentar a coleta de impostos e combater a sonegação e os fluxos financeiros ilícitos, que privam os países de receitas que poderiam ser utilizadas para o desenvolvimento.
Um dos principais pontos tem sido uma exigência do grupo de países em desenvolvimento G77 para que tenha mais voz nas reformas do sistema internacional de tributação.
Sob o acordo, o Comitê de Especialistas da ONU sobre Cooperação Internacional em Assuntos Tributários será fortalecido, disse o comunicado, sem dar mais detalhes.