PARIS (Reuters) - A manobra do Facebook para afrouxar a política de privacidade do Whatsapp, aplicativo de mensagens mais popular do mundo, vai ser minuciosamente avaliado, disse o presidente do principal grupo europeu de reguladores de privacidade nesta segunda-feira.
O Whatsapp, que tem mais de um bilhão de usuários no planeta, disse na quinta-feira que vai começar a compartilhar o número de celular dos usuários com o Facebook, ajudando a rede social a colocar anúncios e recomendações de amizade.
A empresa disse o usuários do Whatsapp poderiam optar por não compartilhar as informações de sua conta com o Facebook.
"Cada autoridade europeia vai acompanhar as mudanças feitas na política de privacidade do Whatsapp com muita vigilância", disseram o CNIL, comissão francesa de proteção de dados, e atual presidência do G29, de reguladores de privacidade europeus, em comunicado em nome do grupo que abrange a região.
"O que está em jogo é o controle de usuários individuais sobre seus próprios dados quando eles são combinados por grandes figuras da internet."
O Facebook pagou mais de 19 bilhões de dólares para comprar o Whatsapp, um serviço livre de anúncios para enviar mensagens, fotos e vídeos com contatos. No momento do acordo em 2014, o fundador do Whatsapp Jan Koum se comprometeu em proteger os dados de seus usuários e disse que o acordo não afetaria a política de privacidade.
(Por Eric Auchard e Astrid Wendlandt)