PARIS (Reuters) - O presidente francês, Emmanuel Macron, está inclinado a endossar Ursula von der Leyen para mais um mandato como presidente da Comissão Europeia após seu campo de centro-direita obter um forte resultado nas eleições para o Parlamento Europeu, disseram duas fontes à Reuters.
Macron não apoiou Von der Leyen explicitamente desde que ela decidiu concorrer a um segundo mandato. Embora tenha sido fundamental para colocá-la no comando do órgão executivo da UE em 2019, desta vez ele ventilou outras opções, como o italiano Mario Draghi.
A decisão de Macron de convocar eleições antecipadas na França após sofrer uma esmagadora derrota na votação da UE no domingo é um dos motivos para apoiar Von der Leyen, segundo uma das fontes.
“Ele não quer acrescentar instabilidade (europeia) à instabilidade francesa”, disse a fonte francesa, próxima de Macron, à Reuters, sob condição de anonimato.
A segunda fonte afirmou que Von der Leyen recebeu um impulso dos resultados fortes do seu Partido do Povo Europeu (EPP), de centro-direita. A fonte disse que Paris deve apoiá-la em troca de compromissos com as prioridades francesas na UE, sem entrar em detalhes.
O EPP ficou em primeiro lugar nas eleições da UE, ganhando 186 cadeiras no Parlamento Europeu, com 720 membros, de acordo com os resultados provisórios.
A segunda fonte, que tem conhecimento do que Macron está pensando, mas se recusou a ser identificada por causa da sensibilidade da questão, citou António Costa, de Portugal, como o candidato mais provável a presidente do Conselho Europeu.
(Reportagem de Michel Rose)