CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, qualificou nesta sexta-feira de "muito irritante" a chegada ao país de uma comitiva de senadores espanhóis com a intenção de visitar o líder opositor preso Leopoldo López.
Os políticos, entre eles também um senador uruguaio, não conseguiram entrar nesta sexta-feira na prisão militar onde López está, nem na cela do ex-prefeito de San Cristóbal Daniel Ceballos no dia anterior.
A chamada Mesa da Unidade Democrática (MUD), que reúne os partidos opositores, disse que as autoridades das unidades carcerárias não autorizaram o acesso dos políticos.
Maduro, em entrevista à emissora Telesur, criticou a visita dos senadores. "É muito irritante que venha gente da Espanha dizer à Venezuela o que devemos fazer."
"Isso é revoltante, eu lhe digo, é revoltante ouvir esta direita espanhola vir aqui e dizer aos venezuelanos: vocês devem votar assim", disse ele. "Não precisamos que a extrema direita de Rajoy venha dizer à Venezuela 200 anos depois qual deve ser o nosso rumo."
O apoio de alguns políticos estrangeiros a líderes da oposição na Venezuela é um tema sensível para o governo de Maduro, que chamou muitos dos seus adversários de golpistas que tentam semear o caos para pôr fim à sua "revolução socialista".
(Reportagem de Deisy Buitrago)