Por Al-Zaquan Amer Hamzah
KUALA LUMPUR (Reuters) - A Malásia informou nesta quinta-feira que amostras de cor de tinta e registros de manutenção provaram que uma peça de asa encontrada em uma praia do Oceano Índico era parte dos destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu sem deixar rastros no ano passado.
O ministro dos Transportes malaio, Liow Tiong Lai, disse que os investigadores na ilha francesa de Reunião coletaram mais pedaços do avião, incluindo uma janela e papel de alumínio, mas não há confirmação de que estes itens também pertenciam à aeronave desaparecida.
Com o primeiro rastro do avião confirmado, a Malásia pediu aos governos dos vizinhos Ilhas Maurício e Madagascar que ajudem a ampliar a área de busca, afirmou ele aos repórteres.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou que a peça era do Boeing 777 que fazia o trajeto de Kuala Lumpur a Pequim com 239 passageiros e tripulantes a bordo quando desapareceu.
"Hoje, 515 dias depois de o avião desaparecer, é com pesar que preciso lhes dizer que uma na equipe de especialistas internacionais confirmou de maneira conclusiva que os destroços da aeronave encontrados ilha de Reunião são de fato do (voo) MH370", declarou Najib em um discurso televisionado.
A companhia aérea descreveu a descoberta como "um grande avanço".
O primeiro indício de que o avião caiu no mar encerrou um capítulo de um dos maiores mistérios da história da aviação.
Mas ainda não se sabe exatamente o que aconteceu, e o pronunciamento de Najib não pareceu representar nenhum tipo de desfecho para os familiares das pessoas a bordo, a maioria das quais era chinesa.
O fragmento de asa conhecido como flaperon foi enviado à França depois de ser encontrado na semana passada em uma praia de Reunião.
(Reportagem adicional de Tim Hepher, Siva Govindasamy, Praveen Menon, Emmanuel Jarry, Ebrahim Harris, Alwyn Scott, Michael Martina e Lincoln Feast)