Por Barbara Liston
ORLANDO, EUA (Reuters) - Um homem armado abriu fogo e matou 50 pessoas e deixou outras 53 feridas na madrugada de domingo em uma boate gay de Orlando, na Flórida, afirmou a polícia, em um ataque que autoridades norte-americanas classificaram como um "incidente terrorista".
O atirador foi identificado como Omar S. Mateen. Segundo uma autoridade graduada do FBI, o homem deve ter recebido ensinamentos de militantes do Estado Islâmico. Autoridades ressaltaram, no entanto, que uma possível ligação com islamitas ainda requer mais investigações.
As autoridades envolvidas na condução do caso descreveram o ataque como um "incidente terrorista", mas foram cautelosos em fazer qualquer ligação com militantes islâmicos.
O FBI informou que ainda tentava determinar se o massacre foi um crime de ódio contra gays ou um ato terorista.
O número de mortos no incidente fornecido pelo prefeito de Orlando, Buddy Dyer, faz do ataque o mais fatal decorrente de tiroteio em massa na história dos Estados Unidos, depois do massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos.
Um policial que trabalhava como segurança dentro da boate Pulse, que funciona desde 2004 no centro de Orlando, trocou tiros com o suspeito por volta das 2h da madrugada, disse a polícia.
Clientes da boate foram mantidos reféns, mas logo uma equipe de policiais entrou no local e matou o atirador. Não foi esclarecido em que momento o homem armado atirou nas vítimas.
"Às... 5h nesta manhã, foi tomada a decisão de resgatar as vítimas mantidas reféns dentro do local. Nossos policiais trocaram tiros com o suspeito. O suspeito está morto", disse o chefe de polícia de Orlando, John Mina, em uma entrevista coletiva à imprensa.
Ao menos um policial ficou ferido no tiroteio, mas a ação da polícia salvou ao menos 30 vidas, disse Mina.
O suspeito portava um fuzil e uma arma de pequeno porte, além de um "dispositivo" não identificado implantado nele, disse o chefe de polícia.