NOVA YORK (Reuters) - Pela segunda vez em duas semanas, a promotora de Carolina do Sul Scarlett Wilson se encontra no centro de um caso de homicídio racial que gera manchetes nos Estados Unidos. Desta vez, o massacre e morte que nove negros em uma igreja histórica em Charleston.
Wilson vai instaurar processo contra Dylann Roof, um branco de 21 anos acusado de matar fieis negros na Emanuel African Methodist Episcopal Church, na noite de quarta-feira.
Wilson já liderava a acusação do ex-policial branco Michael Slager pela morte de um negro desarmado no dia 4 de abril. A vítima, Walter Scott, foi morta perto de North Charleston. Ela anunciou o seu indiciamento no dia 8 de junho.
O assassinato, filmado por um transeunte, está entre os vários casos de morte de negros desarmados pela polícia. Uma série de protestos ocorreu no país em virtude desses atos.
Em uma coletiva de imprensa realizada na sexta-feira, após a primeira aparição de Roof no tribunal, Wilson prometeu "levar a Justiça para essa comunidade, e especialmente para as vítimas".
"Embora haja nove vítimas, nós somos todos uma família, não tenha dúvida disso", disse a promotora, que é branca. Wilson não detalhou o caso, citando regras éticas da promotoria.
A republicana é a primeira mulher a ser escolhida a principal promotora dos condados de Charleston e Berkeley, posição conhecida nos EUA como "Solicitor".