SANTIAGO (Reuters) - Alguns países das Américas estão trabalhando em uma resolução inédita do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas sobre a crise que atinge a Venezuela, disse o chanceler chileno, Roberto Ampuero, em Londres.
A medida foi divulgada quando o Grupo de Lima, integrado por dezenas de países americanos, entrou em acordo sobre reduzir suas relações diplomáticas com o país caribenho, depois das polêmicas eleições em que Nicolás Maduro foi reeleito como presidente do país petroleiro.
"Todas as iniciativas que visem conseguir o fim da crise na Venezuela são favoráveis. Por isso, o Chile e outros países do Grupo de Lima estão trabalhando em um projeto de resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o tema", disse Ampuero.
A ex-presidente Michelle Bachelet assumiu recentemente o cargo de Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, com sede em Genebra. Em seus primeiros pronunciamentos, Bachelet questionou as situações no Egito, na China e em Mianmar.
Se houver progresso na ONU, será o primeiro projeto que será submetido a esse organismo internacional para preparar um relatório sobre os direitos humanos da nação caribenha, disse uma fonte da chancelaria chilena à Reuters.
"A crise humanitária na Venezuela é urgente e assim devem ser as medidas que a comunidade internacional considera", acrescentou Ampuero depois de se reunir em Londres com uma equipe jurídica da defesa chilena diante de Haia, por causa de uma disputa com a Bolívia.
(Por Antonio de la Jara)