LONDRES/EDINBURGO (Reuters) - Os britânicos reagiram com choque nesta sexta-feira à decisão de seu país de se desfiliar da União Europeia, quer tenham saudado o dia da "independência", quer tenham ficado horrorizados com o resultado.
O referendo, que se deu após uma campanha agressiva, dividiu a população em várias facções – idosos contra jovens, Inglaterra e País de Gales versus Escócia e Irlanda do Norte, os habitantes do norte inglês que sofrem com as dificuldades econômicas em oposição aos moradores ricos das cidades do sul.
A disputa foi acirrada e a contagem definitiva foi de 52 a 48 por cento a favor da separação nas primeiras horas desta sexta-feira, levando os defensores do "sai" a comemorarem uma mudança que, segundo dizem, irá fortalecer o Reino Unido.
Em Londres, cujos habitantes votaram majoritariamente pela permanência no bloco ao qual os britânicos se uniram em 1973, muitos funcionários da City, o coração financeiro da capital e do país, expressaram o temor de que seus empregos estejam em perigo.
"E agora?", indagou Steve Jones a caminho do trabalho. "Essa é a grande incógnita, e neste momento a coisa parece bem sombria".
A maioria dos escoceses e norte-irlandeses escolheu ficar na UE, enquanto ingleses e galeses preferiram sair, despertando dúvidas sobre o futuro do Reino Unido ao qual todos pertencem.
(Por Marie-Louise Gumuchian e Elisabeth O'Leary)