Por Thu Thu Aung
(Reuters) - Mianmar libertou nesta sexta-feira dois jornalistas da emissora estatal da Turquia, seu intérprete local e seu motorista depois que os quatro concluíram uma pena de dois meses de prisão por violarem uma lei de tráfego aéreo ao gravar com um drone, informou uma autoridade prisional.
O cinegrafista Lau Hon Meng, de Cingapura, o repórter Mok Choy Lin, da Malásia, e o jornalista local Aung Naing Soe, que atuava como intérprete para a dupla, além do motorista Hla Tin, foram soltos de uma prisão em Yamethin, próxima da capital Naypyitaw.
A polícia deteve os dois jornalistas designados pelo canal de televisão turco TRT World e os dois cidadãos de Mianmar no dia 27 de outubro, quando tentaram usar a aeronave de controle remoto perto do edifício do Parlamento do país.
No mês passado um tribunal os condenou a dois meses de detenção em conformidade com a Lei Antiaeronaves dos tempos coloniais. Até esta semana os quatro corriam o risco de receberem uma acusação adicional por terem importado o drone, e os dois estrangeiros também enfrentavam acusações de imigração."Libertamos Aung Naing Soe e a equipe às 7h20 hoje porque a imigração e a polícia retiraram as acusações", disse Aung Myo Chun, diretor da prisão de Yamethin. "Eles cumpriram suas penas de dois meses de prisão conforme a Lei Antiaeronaves".Na terça-feira, um policial disse à Reuters que recebeu ordens para retirar as acusações porque os quatro não tiveram intenção de colocar a segurança nacional em perigo e para melhorar as relações de Mianmar com os países de origem dos jornalistas, Cingapura e Malásia.Um fotógrafo local disse que os dois estrangeiros deixaram a prisão de Yamethin de carro, mas que Aung Naing Soe e Hla Tin saíram a pé. Mais tarde, Aung Naing Soe disse à Reuters por telefone que a libertação foi uma surpresa."Fomos presos repentinamente, e agora estamos muito felizes por sermos libertados assim repentinamente", disse. "Até a noite passada não sabíamos que seríamos libertados de manhã".Dois repórteres da Reuters, Wa Lone, de 31 anos, e Kyaw Soe Oo, de 27, foram presos em Mianmar em 12 de dezembro e continuam detidos devido a acusações de que violaram a Lei de Segredos Oficiais, outro resquício do domínio colonial britânico em Mianmar.