Os presidentes da Argentina, Javier Milei, e da Colômbia, Gustavo Petro, usaram suas redes sociais no domingo (9.jun.2024) para se manifestar sobre a eleição para o Parlamento Europeu, concluída no fim de semana. Enquanto o argentino celebrou o avanço da direita no velho continente, o colombiano lamentou: “O século das luzes se apaga”, escreveu Petro. Até às 4h30 desta 2ª feira (10.jun), eles eram os únicos chefes de governo latino-americanos a se pronunciar sobre o pleito.
De 5ª feira (6.jun) a domingo (9.jun), os eleitores dos 27 países integrantes da UE (União Europeia) foram às urnas para votar nos seus representantes no Parlamento Europeu. Segundo as projeções atualizadas às 21h de domingo (9.jun) pela comissão eleitoral, o Partido Popular Europeu, de Ursula von der Leyen, atual presidente da Comissão Europeia, manteve a maior bancada no Legislativo da União Europeia e conquistou mais 13 cadeiras, ficando com 189 deputados.
Outros grupos nacionalistas avançaram no Parlamento. Com a nova composição, os deputados de direita e centro-direita serão 402 do total de 720, domínio de 56%. Eram 396 antes.
Em seu perfil no X (ex-Twitter), Milei citou sua participação no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, em janeiro deste ano. Na ocasião, o libertário afirmou que o evento estava “contaminado pela agenda socialista” e que o capitalismo é a “única ferramenta” que o mundo tem “para acabar com a fome, a pobreza e a miséria”.
O argentino disse no post que foi alvo de críticas pelo seu posicionamento em Davos: “Revejam aqueles que atacaram veementemente o nosso discurso e aí encontrarão os representantes na Argentina dessa agenda desastrosa que hoje sofreu uma enorme derrota”, disse. “‘Um único homem gritando faz mais barulho do que 100 mil homens silenciosos’, disse o general San Martín. Uau, nós gritamos”, completou.
Milei também criticou a Agenda 2030 –promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas) para o desenvolvimento sustentável, paz mundial, justiça e fortalecimento das instituições, que chamou de “agenda desumana concebida por burocratas, em benefício dos burocratas”.
E concluiu: “O Ocidente deve recuperar as bandeiras que fizeram dele o processo civilizacional mais próspero da nossa história: a defesa da vida, da liberdade e da propriedade dos indivíduos”.
Já Petro afirmou no X que “o farol da democracia está agora na América Latina”. Segundo o líder colombiano, “a riqueza distribuída pelo Estado social anestesiou os povos europeus e, como no passado, eles reagem contra os êxodos que eles próprios causaram com as suas guerras de conquista, apelando aos nazis”.
Também de acordo com Petro, os europeus “reagem contra os pobres para defender a riqueza e o poder” e “não perceberam a ascensão do fascismo”.
ELEIÇÕES
De 5ª feira (6.jun) a domingo (9.jun), os eleitores dos 27 países integrantes da UE (União Europeia) foram às urnas para votar nos seus representantes no Parlamento Europeu.
A direita saiu como a grande vitoriosa. Segundo as projeções atualizadas às 21h pela comissão eleitoral, o Partido Popular Europeu, de Ursula von der Leyen, atual presidente da Comissão Europeia, manteve a maior bancada no Legislativo da União Europeia e conquistou mais 13 cadeiras, ficando com 189 deputados.
Outros grupos nacionalistas avançaram no Parlamento. Ganharam assentos o Identidade e Democracia e os Reformistas e Conservadores Europeus. Com a nova composição, os deputados de direita e centro-direita serão 402 do total de 720, domínio de 56%. Eram 396 antes.