JERUSALÉM (Reuters) - Milhares de israelenses protestaram no lado de fora da residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, neste sábado, com crescente irritação relacionada a acusações de corrupção e à maneira como ele tem lidado com a crise do coronavírus.
“Seu tempo acabou”, diziam letras gigantes projetadas em um prédio no local do protesto, com manifestantes balançando bandeiras de Israel e pedindo que Netanyahu renunciasse por ter, segundo eles, fracassado na proteção ao emprego e negócios afetados pela pandemia.
Os protestos se intensificaram nas últimas semanas, com críticos acusando Netanyahu de estar distraído por um caso de corrupção contra ele, no qual nega mal feitos.
Em maio, Israel suspendeu um lockdown parcial que achatou a curva de infecção, mas uma segunda onda de casos de Covid-19 e novas restrições fizeram com que a taxa de aprovação de Netanyahu caísse abaixo de 30%.
Muitas restrições foram aliviadas desde então para reaquecer a atividade econômica, mas o desemprego está em 21,5% e a economia deve ter uma contração de 6% em 2020.
(Reportagem de Suheir Sheikh, em Jerusalém, e Rami Ayyub, em Tel Aviv)