XANGAI (Reuters) - O Ministro das Finanças britânico, George Osborne, pressionou os líderes financeiros das 20 maiores economias para incluir o risco de a Grã-Bretanha deixar a União Europeia na sua lista de perigos para a economia mundial neste sábado, ganhando apoio explícito dos Estados Unidos.
Britânicos vão votar em um referendo em 23 de junho sobre a possibilidade de deixar a UE, composta por 28 países.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, negociou uma posição especial para a Grã-Bretanha no bloco na semana passada para ajudar a convencer os céticos de que continuar no bloco é mais benéfico do que sair dele.
O risco de a Grã-Bretanha sair da UE, apelidado de "Brexit", não estava na versão original do comunicado dos ministros das finanças e membros de bancos centrais das 20 maiores economias, mas foi adicionado por insistência da Grã-Bretanha, disseram autoridades do G20.
Em um impulso significativo para Cameron e Osborne, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, expressou apoio claro para que a Grã-Bretanha continue membro da UE.
"Nossa visão é de que é pelo interesse da segurança nacional e econômica do Reino Unido, Europa e Estados Unidos que o Reino Unido deve ficar na União Europeia", disse Lew em coletiva de imprensa.
"Essa é uma questão que será decidida pelos votantes do Reino Unido em junho e nós certamente esperamos que eles cheguem a essa conclusão", acrescentou Lew, em comentários diretos e pouco usuais sobre temas ligados à política externa.
(Por Jan Strupczewski e Brenda Goh)