NOVA YORK (Reuters) - Modelos e assistentes homens que trabalharam com os famosos fotógrafos de moda Bruce Weber e Mario Testino disseram que foram submetidos a abusos e investidas sexuais, além de nudez desnecessária, segundo reportagem do jornal The New York Times.
Em comportamento repetido por anos, os jovens, incluindo alguns que pediram para não ser identificados, disseram que os fotógrafos os colocavam em situações sexuais desconfortáveis em que se sentiam pressionados a aceitar por medo de prejudicar suas carreiras, relatou o New York Times.
Advogados dos dois fotógrafos negaram as acusações e disseram que eles estavam surpresos e desapontados. Weber, Testino e os acusadores não puderam ser encontrados de imediato para comentar.
"Nós nunca fizemos sexo ou nada disso, mas muitas coisas aconteceram. Muitos toques. Muito abuso", disse o modelo Robyn Sinclair sobre Weber, segundo o jornal.
Sinclair está entre 15 modelos ou ex-modelos que, segundo o jornal, descreveram casos de assédio sexual envolvendo o fotógrafo Bruce Weber, de 71 anos, que já trabalhou para marcas como Calvin Klein e Abercrombie & Fitch.
Por meio de seus advogados, Weber negou as acusações em comunicado enviado ao New York Times, dizendo: "Eu estou completamente chocado e entristecido pelas alegações ultrajantes sendo feitas contra mim, que eu nego totalmente".
O escritório de advocacia de Testino, Lavely & Singer, desafiou a credibilidade daqueles que o acusaram e disse que conversou com ex-funcionários do fotógrafo que disseram estar chocados com as alegações e que não podiam confirmar nenhuma delas, segundo o jornal.
As acusações contra Testino, de 63 anos, que trabalhou para marcas como Michael Kors, Burberry (LON:BRBY) e Dolce & Gabbana, foram feitas por 13 assistentes e modelos homens em casos que datam do meio da década de 1990, de acordo com a publicação.
(Reportagem de Peter Szekely)