Por Phil Stewart e Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - Ash Carter, que trabalhou como secretário de Defesa dos Estados Unidos durante o governo Obama, morreu na noite de segunda-feira aos 68 anos após um evento cardíaco repentino, disse sua família em comunicado nesta terça-feira.
Carter, um especialista em Defesa há décadas, que gradualmente ascendeu ao cargo mais alto do Pentágono, ajudou a supervisionar o lançamento de uma estratégia militar que causaria o recuo do grupo militante Estado Islâmico na Síria e no Iraque e, finalmente, conseguiria derrotar a organização.
Sob Carter, os militares dos EUA abriram todas as funções militares para as mulheres e também encerraram a proibição de serviço aos membros transgênero das Forças Armadas. Ele criticou fortemente a decisão do então presidente Donald Trump em 2017 de reimpor a proibição.
"Escolher membros do serviço por outros motivos que não as qualificações militares é política social e não tem lugar em nossas forças armadas", disse Carter na época.
Antes de se tornar secretário de Defesa, Carter atuou como vice-secretário de Defesa e diretor de operações no Pentágono. Ele também supervisionou as compras de armas do Departamento de Defesa entre 2009 e 2011, quando liderou uma grande reestruturação do programa de caças F-35.
"Carter sempre deixou a política de lado; ele serviu a presidentes de ambos os partidos ao longo de cinco administrações, ocupando vários cargos dentro do Departamento de Defesa", disse sua família na nota.
O ex-presidente Barack Obama disse que costumava confiar no conselho de Carter para tornar os militares "mais fortes, mais inteligentes, mais humanos e mais eficazes".
"O maior legado de Ash, no entanto, pode ser as gerações de líderes mais jovens que ele ensinou, orientou e inspirou para proteger nossa nação e exercer o poder com sabedoria", disse Obama em um comunicado.