TÚNIS (Reuters) - Militantes islâmicos mataram três soldados tunisianos e feriram outros três em um ataque a um posto militar de verificação nesta terça-feira na região central de Kasserine.
Forças tunisianas reforçaram a segurança e recentemente mataram nove militantes de um grupo que as autoridades culpa pelo atentado do mês passado contra o Museu do Bardo, no qual dois atiradores assassinaram 21 turistas estrangeiros.
O porta-voz do Exército, Belhassen Ousalti, disse que o posto de verificação alvejado fica próximo da cidade de Sbitla, perto da cadeia de montanhas que faz fronteira com a vizinha Argélia.
"Forças de segurança estão procurando os terroristas perto da área montanhosa de Jbel Mguila", informou.
Desde o levante de 2011 contra o autocrata Zine El-Abidine Ben Ali, a Tunísia testemunhou a ascensão de islâmicos ultraconservadores. Alguns movimentos, como os grupos militantes locais Ansar al-Sharia e Okba Ibn Nafaa, vêm recorrendo à violência.
Turistas japoneses, poloneses, espanhóis, franceses e colombianos estavam entre os mortos do ataque ao museu, que o governo afirmou ter visado o setor turístico, vital para a economia da Tunísia.
O Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado, embora o governo tunisiano tenha dito que combatentes do Okba Ibn Nafaa, basicamente sediados nas montanhas Chaambi, próximas da fronteira argelina, estão envolvidos.
(Por Tarek Amara)