DUBLIN (Reuters) - A morte da vocalista da banda Cranberries, Dolores O'Riordan, em Londres, não está sendo tratada como suspeita, disse a polícia nesta terça-feira, em meio a um grande número de homenagens a uma das artistas mais bem-sucedidas da Irlanda.
A cantora, de 46 anos, foi encontrada morta em um hotel na segunda-feira durante viagem para gravação em Londres antes de uma turnê, disse sua agente. A causa da morte não foi determinada.
A polícia de Londres disse em comunicado que uma mulher de 46 anos foi encontrada em um hotel na avenida Park Lane em Londres na manhã da segunda-feira e declarada morta no local. "A morte não está sendo tratada como suspeita", informou no comunicado.
Dolores O'Riordan ficou famosa aos 22 anos em 1993 quando músicas de seu primeiro álbum foram divulgadas pela MTV. A banda, cujos hits incluem, "Linger" e "Zombie" chegou a vender mais de 40 milhões de álbuns e se tornou o grupo de rock a vender mais discos na Irlanda depois do U2.
Em alguns momentos, a cantora sofreu com o sucesso da banda, abandonando uma turnê em 1996 citando exaustão e decepção e, depois, chegou a deixar sua terra natal por diversos anos para fugir dos holofotes.
Depois que ela se declarou culpada de agredir e cuspir em um policial irlandês em 2014, Dolores O'Riordan disse em entrevista que havia sido diagnosticada com bipolaridade e que estava sofrendo com o fim de seu casamento.
O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, se juntou aos muitos que elogiaram o trabalho de Dolores O'Riordan, descrevendo a cantora como "a voz de sua geração", enquanto a banda U2 disse, em publicação no Twitter, estar "desconcertada" com a notícia de sua morte.