Por Doina Chiacu e Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - A mulher que acusa de abuso sexual o indicado para a Suprema Corte dos EUA, Brett Kavanaugh, concordou em testemunhar antes de um painel no Senado na semana que vem, disseram as advogadas dela neste sábado.
O presidente do Comitê Judiciário do Senado dos EUA, o republicano Chuck Grassley, havia estabelecido como prazo este sábado para a professora Christine Blasey Ford, da Califórnia, decidir se e como ela testemunharia, sobre um caso ocorrido 36 anos atrás.
"A doutora Ford aceita o pedido do comitê para dar conhecimento, em primeira mão, sobre a má conduta sexual de Brett Kavanaugh, na próxima semana", disseram em comunicado Debra Katz e Lisa Banks, advogadas da Ford.
"Estamos esperançosos de que possamos chegar a um acordo sobre os detalhes."
O comitê controlado pelos republicanos havia adiado a votação da confirmação de Kavanaugh depois que as alegações de Ford surgiram na semana passada, e as advogadas e os comitês estavam negociando as condições de seu depoimento.
Kavanaugh negou as acusações e prometeu testemunhar em audiência.
A confirmação da nomeação de Kavanaugh consolidaria o controle conservador da Suprema Corte, permitindo avanço do esforço da Casa Branca de inclinar o judiciário norte-americano mais para a direita.
Grassley havia dito anteriormente que o painel votaria a confirmação de Kavanaugh na segunda-feira, a menos que fosse feito um acordo com advogadas de Ford.