TÓQUIO (Reuters) - A mulher do jornalista japonês que acredita-se estar sendo mantido refém por insurgentes do Estado Islâmico na Síria fez um apelo aos governos do Japão e da Jordânia para que trabalhem por sua soltura, pouco antes do fim do prazo estabelecido pelos sequestradores.
"Temo que esta seja a última chance para o meu marido, e nós temos poucas horas restando para conseguir sua soltura e a vida do tenente Al Kasaesbeh (piloto da Força Aérea da Jordânia)", disse a mulher de Kenji Goto, Rinko, em comunicado enviado à Reuters e a outros veículos de comunicação.
"Imploro aos governos da Jordânia e do Japão que compreendam que os destinos destes dois homens estão em suas mãos", disse ela, em seus primeiros comentários desde que Goto apareceu em um vídeo supostamente do Estado Islâmico, em 20 de janeiro, com o também refém japonês Haruna Yukawa, cujo aparente corpo decapitado apareceu em um vídeo subsequente no sábado.
O comunicado foi enviado cerca de uma hora antes do prazo estabelecido pelos militantes -o pôr-do-sol em Mosul, no Iraque, cerca de 12h30 no horário de Brasília. Goto anunciou o prazo do Estado Islâmico em uma mensagem de áudio mais cedo nesta quinta-feira, que o governo japonês disse parecer genuíno.
Goto disse que o piloto seria morto imediatamente se a Jordânia não soltasse a iraquiana Sajida al-Rishawi, que está no corredor da morte por suposto envolvimento em um ataque a bomba, antes do fim do prazo.
(Reportagem de Ruairidh Villar)