Por Robin e Pomeroy
VENEZA, Itália (Reuters) - Apesar da escassez de diretoras, as mulheres foram as estrelas do Festival Internacional de Cinema de Veneza, de Lady Gaga roubando o show no tapete vermelho a filmes sobre rainhas, bruxas e mulheres trabalhadoras com histórias importantes para contar.
Só um dos 21 filmes selecionados para disputarem o Leão de Ouro foi dirigido por uma mulher, o que provocou reações negativas contra os organizadores do festival –, mas os críticos ficaram impressionados com os papéis femininos fortes e incomuns e os temas feministas, mesmo em filmes feitos por homens.
Uma rainha Anne cortejada por duas confidentes manipuladoras em "The Favourite", as mulheres dignas da classe trabalhadora do autobiográfico "Roma", de Alfonso Cuarón, e o pacto de bruxas de poderes sobrenaturais de "Suspiria": alguns dos melhores títulos tratam quase exclusivamente de mulheres.
O roteirista e diretor grego Yorgos Lanthimos, que dirigiu Olivia Colman, Emma Stone e Rachel Weisz, disse ter feito "The Favourite" porque "não estava vendo personagens femininas representadas no cinema de uma maneira interessante e complexa como seres humanos".
"Normalmente elas são a dona-de-casa ou namorada ou o objeto do desejo, e senti que existia uma história de verdade sobre estas três mulheres muito complexas... foi algo que eu quis fazer", disse ele à Reuters.
Marta Balaga, crítica da agência de notícias de cinema Cineuropa, adorou o fato de Lanthimos não ter tratado suas personagens com respeito excessivo:
"Estas personagens são simplesmente hilárias, são divertidas, certamente não são perfeitas em tudo, são bastante horríveis às vezes, mas é isso que eu adoraria ver no cinema". OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20180907T171133+0000