LISBOA (Reuters) - Mais de 740 bombeiros combatiam um incêndio florestal no sul de Portugal neste sábado, enquanto as temperaturas subiam para altas nunca registradas na península ibérica em meio a uma onda de calor europeia que provoca secas e incêndios desde a Grécia até a Suécia.
Buscando prevenir mais vítimas depois que 114 pessoas morreram em dois gigantescos incêndios florestais em Portugal no ano passado, agências de proteção civil enviaram mensagens alertando a população do risco extremo de incêndios em algumas regiões, incluindo nas imediações da capital Lisboa. Na Grécia, um incêndio florestal matou 91 pessoas no mês passado.
Na região costeira de Cascais, próxima à Lisboa, uma sobrecarga na rede de energia devido ao uso intenso de aparelhos de ar condicionado causou um blecaute na noite de sexta-feira, deixando dezenas de milhares de pessoas sem energia elétrica por várias horas, e provocando o fechamento de um grande shopping center. Em Lisboa, as temperaturas chegaram a 43 graus Celsius na sexta-feira.
O incêndio começou no sábado na região montanhosa de Monchique na região de Algarve, no sul do país e muito popular com turistas. Autoridades desocuparam duas vilas na área e dez aeronaves transportadoras de água foram usadas para combater as chamas.
Uma massa de ar quente vinda do norte da África causou a mais severa onda de calor na península ibérica desde 2003, até então um dos piores anos da história para a ocorrência de incêndios florestais.
(Por Andrei Khalip, com reportagem adicional de Sam Edwards)