Noruega e Espanha disseram nesta 4ª feira (22.mai.2024) que reconhecerão, a partir de 28 de maio, o Estado da Palestina. O primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, declarou que “não pode haver paz no Oriente Médio se não houver reconhecimento”. Já o premiê da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que “chegou a hora de passar das palavras à ação”.
Em resposta, o governo israelense ordenou que o embaixador do país na Noruega retorne imediatamente a Israel e disse que faria o mesmo no caso da Espanha. Tel Aviv solicitou que o embaixador na Irlanda também volte a Israel, uma vez que há a expectativa que os irlandeses reconheçam, em breve, o Estado Palestino. As informações são da AP (Associated Press) e do El País.
O Ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, disse que os países pretendem enviar uma mensagem aos palestinos e ao mundo inteiro, de que “o terrorismo compensa”. Ele afirmou que o reconhecimento poderia impedir as negociações para o retorno dos reféns que foram capturados pelo Hamas. Ainda, tornar menos provável um cessar-fogo na Faixa de Gaza ao “recompensar os jihadistas do Hamas e do Irã”.
O premiê norueguês disse nesta 4ª feira (22.mai) que, “ao reconhecer um Estado palestino, a Noruega apoia o plano de paz árabe”. Ele afirmou: “O terror foi cometido pelo Hamas e por grupos militantes que não apoiam uma solução de 2 Estados e o Estado de Israel”. E completou: “A Palestina tem o direito fundamental a um Estado independente”.
Sánchez declarou que o reconhecimento não é uma decisão tomada contra Israel, os judeus ou a favor do Hamas. Segundo ele, o reconhecimento é pela “paz, coerência e justiça”.