Investing.com – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, atingiu 0,13% em setembro, bem abaixo do esperado. A expectativa consensual era de uma leitura mensal de 0,29%, enquanto o indicador subiu 0,19% em agosto. O IPCA-15 acumula alta de 3,15% em 2024 e, em doze meses, passou de 4,35% para 4,12%.
Sete de nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram variação positiva na prévia deste mês, sendo a maior alta e impacto da habitação, que subiu 0,50%, com impulso da energia elétrica residencial, que apresentou acréscimo de 0,84% em setembro. O grupo de alimentação e bebidas ficou praticamente estável, com alta de 0,05%, após dois meses com recuo.
A percepção benigna em serviços foi uma surpresa, avaliou Leonardo Costa, economista do ASA. O movimento teria sido “turbinado pela deflação de cinemas (que deve devolver em outubro), que deve impactar a projeção do IPCA de setembro para baixo - que também deve ter qualitativo mais benigno que o esperado anteriormente”.
A leitura veio melhor do que o previsto, mas a composição também, concorda Igor Cadilhac, economista do PicPay. “Ao analisar a média anualizada dos últimos três meses das medidas subjacentes, observamos que, embora ainda estejam em patamar elevado, há sinais claros de melhora na margem. Essa melhora na inflação corrente é bem-vinda, mas não deve modificar as preocupações do Banco Central em relação às expectativas futuras”, entende o economista.