Por Aung Hla Tun
YANGON (Reuters) - O governo da ativista pró-democracia de Mianmar Aung San Suu Kyi, ganhadora do prêmio Nobel da Paz, libertou dezenas de ativistas presos nesta sexta-feira, pouco mais de uma semana depois de assumir o poder, e o novo presidente do país está preparando o perdão de mais 100 pessoas que cumprem penas por crimes políticos.
Muitos apoiadores e correligionários da Liga Nacional pela Democracia (LND), de Suu Kyi, se tornaram prisioneiros políticos da junta militar que governou o país por quase 50 anos até entregar o poder em 2011. A própria Suu Kyi passou anos em prisão domiciliar, e na quinta-feira afirmou que soltar os prisioneiros políticos remanescentes é uma das maiores prioridades.
No total, 69 ativistas estudantes e apoiadores tiveram as acusações que pesavam contra eles retiradas e foram libertados da prisão na cidade de Tharrawaddy, ao norte de Yangon, disse Zaw Htay, porta-voz do escritório de Suu Kyi. Estudantes e parentes se abraçaram e alguns acenaram com bandeiras da LND após sua libertação.
Não está claro se os militares apoiaram as medidas. As Forças Armadas ainda controlam postos-chave no gabinete que supervisionam o governo local, as forças da lei e da ordem e a segurança.