(Reuters) - Logo após a tentativa de assassinato de Donald Trump, agentes de segurança locais e um agente do Serviço Secreto dos Estados Unidos discutiram como fotos do atirador tinham sido compartilhadas entre os policiais por um sniper que o perdeu de vista antes de o homem abrir fogo, segundo um vídeo divulgado na terça-feira.
O vídeo de três minutos foi gravado pela câmera de um policial da Unidade de Serviços de Emergência do Condado de Beaver que estava no comício da campanha de Trump em 13 de julho na cidade rural de Butler, no oeste da Pensilvânia, e divulgado agora pelo senador Chuck Grassley.
O vídeo mostra policiais locais e um agente do Serviço Secreto em um telhado, próximos ao corpo do atirador, cerca de uma hora após o ataque, discutindo como as fotos do atirador, Thomas Crooks, de 20 anos, tinham sido compartilhadas entre os policiais por um sniper que perdeu Crooks de vista antes do ataque.
Não ficou claro no vídeo quanto tempo antes do ataque as fotos de Crooks haviam sido compartilhadas.
O corpo sangrando de Crooks pode ser visto a alguns passos dos policiais no telhado. Um dos policiais aponta para um fuzil semiautomático próximo ao corpo.
Crooks conseguiu rastejar pelo telhado com vista para o comício de Trump e disparou oito tiros de um fuzil semiautomático antes de ser baleado fatalmente por um sniper do Serviço Secreto no topo de outra construção, de acordo com relatos de agentes de segurança. Crooks matou um homem na multidão e feriu gravemente outros dois. Trump foi ferido em sua orelha direita.
O motivo de Crooks ainda não está claro. Ele se registrou como republicano logo após completar 18 anos. Antes do ataque, seu histórico de buscas na Internet o mostra pesquisando como Lee Harvey Oswald matou o presidente John F. Kennedy em 1963, disse o diretor do FBI, Christopher Wray, em uma audiência no Congresso nesta quarta-feira.
A diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, cuja agência é responsável pela segurança dos presidentes dos EUA e de outras autoridades de alto escalão, renunciou na terça-feira após sua própria audiência no Congresso.
Trump, que foi presidente de 2016 a 2020, está tentando retornar à Casa Branca nas eleições de novembro.
(Reportagem de Jonathan Allen, em Nova York)