GENEBRA (Reuters) - Assessores de saúde independentes a serviço da Organização Mundial de Saúde (OMS) avaliaram que não deve haver uma proibição a viagens e negócios com países atingidos pela epidemia de Ebola no oeste da África, informou a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira.
Algumas companhias aéreas pararam de voar para as áreas afetadas, e a OMS e outras agências afirmaram que isso atrapalhou os esforços de auxílio e a chegada dos especialistas até as vítimas do pior surto já registrado da febre hemorrágica.
Em um comunicado divulgado depois da segunda reunião do Comitê de Emergência, na semana passada, a OMS disse que o Ebola já matou pelo menos 2.793 pessoas em cinco países e continua sendo "uma emergência de saúde pública de relevância internacional".
"O cancelamento de voos e outras restrições de viagem continuam a isolar os países afetados, resultando em consequências econômicas prejudiciais, e obstruem os esforços de auxílio e reação, criando o risco de uma disseminação internacional maior", afirmou o comunicado.
"O Comitê reiterou enfaticamente que não deve haver uma proibição generalizada a viagens e negócios..."
Os especialistas exortaram as autoridades das nações atingidas – Guiné, Libéria, Nigéria, Senegal e Serra Leoa – a trabalharem com os setores marítimo e aeronáutico para solucionar suas diferenças e "desenvolver uma resposta coordenada" às questões de transporte.