Por Robin Emmott
BRUXELAS (Reuters) - A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia irão declarar formalmente um pacto de cooperação na cúpula da entidade em julho em Varsóvia, disseram autoridades, superando décadas de confusão e desconfiança sobre a maneira de proporcionar segurança para além das fronteiras da Europa.
Forçadas a se aproximar pelos temores de um ataque cibernético da Rússia, uma crise imigratória na Europa e Estados problemáticos na vizinhança europeia, as autoridades dizem que os desafios exigem tanto uma resposta militar quanto uma abordagem de segurança mais amena, combatendo o dogmatismo e fornecendo treinamento para estabilizar governos.
"Se acontecesse um ciberataque russo, não iríamos querer passar duas semanas em reuniões discutindo o que cada um de nós deveria fazer", disse um funcionário da defesa da UE que coopera intensamente com a Otan.
Embora os planos conjuntos ainda estejam sendo acordados antes da reunião na Polônia, o pacto pode fazer com que os contribuintes, que atualmente pagam a conta dupla de planejamentos militares da UE e da Otan, não tenham mais que arcar com despesas redundantes para objetivos em comum.
Para enfatizar a cooperação, a Finlândia e a Suécia, que não são membros da Otan, participaram de uma sessão de chanceleres da aliança nesta sexta-feira na sede da Otan com seu secretário-geral, Jens Stoltenberg, e a representante de política externa do bloco, Federica Mogherini.
Mas, embora 22 dos 28 membros da Otan também pertençam à UE, as duas instituições enfrentam limitações no tocante ao que podem fazer juntas devido às tensões territoriais entre a Turquia e a Grécia, que restringem o compartilhamento de informações.