🧐 ProPicks IA de Outubro está agora atualizada! Veja a lista completa de açõesAções escolhidas por IA

Países árabes e Abbas tentam reunir esforços por trégua em Gaza

Publicado 10.01.2024, 12:56
Atualizado 10.01.2024, 13:00
© Reuters. Forças israelenses demolem casas de dois atiradores do Hamas que participaram de ataque a tiros em ponto de ônibus na entrada de Jerusalém em novembro
09/01/2024 REUTERS/Ammar Awad

Por Ahmed Mohamed Hassan e Suleiman Al-Khalidi

CAIRO/AMÃ (Reuters) - O Egito e a Jordânia tentarão reunir forças para um cessar-fogo em Gaza e pressionar para aliviar a crise humanitária no enclave, quando seus líderes se encontrarem com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, em Aqaba, nesta quarta-feira, disse uma autoridade egípcia graduada.

Abbas, o rei Abdullah, da Jordânia, e o presidente Abdel Fattah al-Sisi, do Egito, também afirmarão sua oposição a qualquer deslocamento de palestinos de suas terras, disse essa autoridade -- o deslocamento é um risco que o Egito adverte ter aumentado à medida que a guerra total de Israel contra o Hamas levou a maioria dos moradores de Gaza para o sul, em direção à fronteira egípcia.

A Jordânia tem se preocupado com o aumento da instabilidade e dos ataques contra palestinos por colonos judeus na Cisjordânia ocupada por Israel, com a qual faz fronteira.

"Os árabes estão dizendo aos americanos que a prioridade agora é conseguir um cessar-fogo e pressionar Israel a permitir que os palestinos voltem para o norte de Gaza e aliviar a superlotação perto de Rafah (cidade ao sul), o que está alarmando tanto os egípcios quanto os jordanianos", disse uma autoridade jordaniana.

Antes da cúpula de Aqaba, Abbas se reuniu com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que está em uma viagem pela região que deve terminar no Egito. Blinken tem pressionado os líderes de Israel a oferecer um caminho para um Estado palestino.

A Autoridade Palestina, apoiada pelo Ocidente, exerce um autogoverno limitado na Cisjordânia e manteve conversações com Israel sobre um Estado palestino antes do colapso das conversas em 2014, enquanto o grupo militante islâmico Hamas governa Gaza desde 2007 e jurou destruir Israel.

O Egito, juntamente com o Catar, tem tentado separadamente mediar entre Israel e o Hamas para negociar um novo cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns israelenses que o Hamas capturou em seu ataque surpresa em Israel no dia 7 de outubro.

Essa mediação foi retomada depois de uma pausa após o assassinato, na semana passada, do vice-chefe do Hamas, Saleh al-Arouri, em Beirute, e uma delegação israelense visitou o Egito na terça-feira para discutir a possibilidade de um cessar-fogo de longo prazo em troca da libertação dos reféns, disseram duas fontes de segurança egípcias.

FINANCIAMENTO DA RECONSTRUÇÃO

Israel já matou mais de 23.000 palestinos em Gaza desde o lançamento de sua campanha para destruir o Hamas, depois que os militantes do grupo mataram 1.200 israelenses e fizeram 240 reféns em um ataque transfronteiriço em 7 de outubro, que desencadeou a guerra.

Os árabes estão alarmados com as indicações de Israel de que a guerra continuará por meses e que manterá sua presença ou conduzirá operações de segurança em Gaza depois disso.

Espera-se que a cúpula em Aqaba aborde a situação em Gaza durante a guerra e depois dela, incluindo o financiamento estrangeiro para a reconstrução do território devastado e um mecanismo para a realização de eleições no prazo de seis meses após um acordo de cessar-fogo, disseram as fontes de segurança egípcias.

© Reuters. Forças israelenses demolem casas de dois atiradores do Hamas que participaram de ataque a tiros em ponto de ônibus na entrada de Jerusalém em novembro
09/01/2024 REUTERS/Ammar Awad

Os ataques israelenses no sul e no centro de Gaza se intensificaram nesta quarta-feira, apesar da promessa de Israel de que retiraria algumas tropas e mudaria para uma campanha mais direcionada, e da súplica dos EUA pela redução do número de vítimas civis.

Mais de 1 milhão dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza estão amontoados em condições de extrema superlotação na área de Rafah, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Cerca de 1,9 milhão de pessoas estão deslocadas em todo o enclave costeiro, segundo estimativas da ONU.

(Reportagem de Mohamed Wali e Ahmed Mohamed Hassan, no Cairo, e Suleiman Al-Khalidi, em Amã)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.