CIDADE DO PANAMÁ (Reuters) - O Panamá pode retaliar após a França anunciar que irá colocar o país da América Central de volta em sua lista negra de jurisdições fiscais não cooperativas, disse uma autoridade do governo panamenho nesta terça-feira, em meio a um grande escândalo de vazamento de dados.
Alvaro Aleman, chefe de gabinete do Panamá, afirmou durante entrevista coletiva que o governo pode responder com medidas similares contra a França, ou qualquer outro país que siga o ato francês.
"No caso da França, ou qualquer outro país que incluir o Panamá em uma lista cinza, o governo nacional irá analisar a situação e tomar uma série de medidas, que é claro irão incluir medidas recíprocas", disse Aleman.
"Não vamos permitir que o Panamá seja usado como bode expiatório por terceiros. Cada país que possui envolvimento é responsável", acrescentou, dizendo que o presidente instruiu o Ministério das Relações Exteriores a entrar em contato com todos os país envolvidos.
Ele afirmou que o país está pronto para cooperar com qualquer investigação sobre os vazamentos, mas destacou que nenhuma companhia panamenha foi acusada por crimes.
Após um grande vazamento de dados sobre clientes do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, procuradores financeiros franceses iniciaram uma investigação preliminar sobre fraude fiscal. A Mossack Fonseca negou qualquer ato irregular.
(Reportagem de Enrique Andres Pretel)