Por Philip Pullella
CIDADE DE VATICANO (Reuters) - O papa Francisco pediu ao mundo em sua mensagem de Natal que se una para acabar com as atrocidades de militantes islâmicos que ele disse estão causando imenso sofrimento em muitos países.
A segurança foi forte no Vaticano enquanto o papa Francisco, marcando o terceiro Natal desde sua eleição em 2013, lia seu tradicional discurso "Urbi et Orbi" (para a cidade e o mundo) do Dia de Natal da sacada central da Basílica de São Pedro.
Dezenas de milhares de pessoas tiveram suas bolsas inspecionadas ao entrarem na área do Vaticano e então passaram por inspeções como em aeroportos se quisessem entrar na Praça de São Pedro.
A polícia antiterrorismo munida com armas patrulhava discretamente a área em vans com janelas escuras.
Depois de pedir o fim das guerras civis na Síria e na Líbia, o papa disse:
"Que a atenção da comunidade internacional esteja direcionada de forma unânime ao fim das atrocidades que nesses países, assim como no Iraque, Líbia, Iêmen e África subsaariana, mesmo agora ceifam numerosas vítimas, causam imenso sofrimento e não poupam nem o patrimônio histórico e cultural de povos inteiros."
Ele estava claramente se referindo aos militantes do Estado Islâmico que realizaram vários ataques a esses países e destruíram muitos locais de herança cultural.
O pontífice condenou recentes "atos brutais de terrorismo", incluindo os ataques de 13 de novembro por militantes islâmicos que mataram 130 pessoas em Paris, e a derrubada de um avião russo na península do Sinai, no Egito, que matou 224 pessoas em 31 de outubro. Ambos foram reivindicados pelo Estado Islâmico.
"Somente a misericórdia de Deus pode livrar a humanidade das muitas formas de mal, algumas vezes mal monstruoso, que o egoísmo gera em nosso seio", disse ele. "A Graça de Deus pode converter corações e oferecer à humanidade uma maneira de sair de situações humanamente insolúveis."