CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco expressou profunda tristeza pela decapitação de 21 egípcios cristãos coptas na Líbia, mudando o roteiro do discurso que faria nesta segunda-feira para enfatizar a unidade de todos os cristãos independentemente da seita que sigam.
Falando a membros da igreja da Escócia, o pontífice argentino mencionou os assassinatos ocorridos em uma praia líbia, filmados e transmitidos no domingo em um site que apoia o Estado Islâmico.
"Suas únicas palavras foram ‘Jesus, me ajude!'. Foram mortos simplesmente pelo fato de serem cristãos", disse Francisco em seu espanhol nativo, deixando de lado o italiano que usa na maioria dos eventos formais.
O líder dos 1,2 bilhão de católicos do mundo, que disse ser "lícito" deter um agressor injusto, continuou:
"O sangue de nossos irmãos e irmãs cristãos é um testemunho que clama para ser ouvido. Não faz diferença se são católicos, ortodoxos, coptas ou protestantes. São cristãos!"
Francisco ainda acrescentou: "Os mártires pertencem a todos os cristãos".
O Egito, onde a denominação representa cerca de um décimo da população de maioria muçulmana, está aprofundando o combate a militantes islâmicos na vizinha Líbia.
A igreja copta foi fundada segundo os ensinamentos de São Marcos, que levou o cristianismo ao Egito no tempo do imperador romano Nero.
(Reportagem de Isla Binnie)