Por Alasdair Pal e James Mackenzie
NOVA DÉLHI/ISLAMABAD (Reuters) - O Paquistão se prepara nesta sexta-feira para libertar um piloto indiano num momento em que as duas potências nucleares esfriam seu conflito, ao menos temporariamente, enquanto políticos de oposição na Índia levantaram dúvidas sobre se um ataque aéreo destruiu um acampamento de militantes no Paquistão.
Potências mundiais fizeram um apelo para que os dois países se contenham, enquanto as tensões aumentavam depois de um ataque suicida que matou pelo menos 40 policiais paramilitares indianos na Caxemira controlada pela Índia em 14 de fevereiro.
Os Estados Unidos têm mediado o conflito ativamente para evitar qualquer risco de os dois países travarem uma quarta guerra desde a independência do Reino Unido em 1947. A região de Caxemira, no Himalaia, é disputada pelos dois países e foi o motivo de dois desses conflitos.
Os dois governos alegaram que derrubaram caças um do outro na quarta-feira, com o Paquistão capturando um piloto cuja aeronave caiu em território inimigo depois de confronto com um caça paquistanês.
O piloto, que a Índia identificou como o comandante Abhinandan, se tornou o rosto do conflito mais recente entre os dois países. Por ter tentado evitar a captura, ele está sendo retratado como um herói na Índia.
Ele deve ser devolvido pelo cruzamento fronteiriço de Wagah na tarde de sexta-feira, disse o ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Shah Mahmood Qureshi.
"Como gesto de paz e para desescalar essas questões, o piloto indiano que está preso conosco será libertado hoje à tarde na fronteira em Wagah", disse o ministro a parlamentares.
Os disparos na fronteira contestada entre os dois países na Caxemira diminuíram nesta sexta, mas as relações diplomáticas entre os dois países seguem estremecidas.