Por Alastair Macdonald
LUXEMBURGO (Reuters) - Os governos da União Europeia estão prestes a concordar nesta quinta-feira em acelerar as deportações de imigrantes ilegais e reforçar os serviços de proteção de fronteiras do bloco, num momento em que tentam lidar com uma onda de refugiados da Síria, devastada pela guerra.
Diplomatas dizem que os ministros do Interior reunidos em Luxemburgo deverão entrar em acordo, entre outros tópicos, sobre a detenção de quem tentar evitar a expulsão e a imposição de mais pressão sobre os países africanos e outras nações pobres, inclusive por meio de recursos enviados como ajuda, para fazê-los aceitar o retorno de cidadãos cujo ingresso na UE foi vetado.
À noite, eles serão acompanhados por ministros da Relações Exteriores da UE e delegações de Estados dos Bálcãs, Turquia, Jordânia e Líbano para conversações sobre como deter os fluxos imigratórios que mergulharam o bloco em crise, dividindo os membros sobre a medidas para proteger as fronteiras externas da UE e partilhar a responsabilidade de abrigar refugiados.
"Os retornos são sempre difíceis", disse o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, ao chegar para o encontro.
"Mas nós só podemos oferecer espaço e apoio aos refugiados que necessitam de proteção se aqueles que não precisam de proteção não vierem ou voltarem rapidamente."
Nos últimos anos, menos de 40 por cento das pessoas cujo pedido de asilo foi rejeitado deixaram a UE.