Por Marcelo Rochabrun
LIMA (Reuters) - Autoridades peruanas anunciaram nesta quinta-feira que decidiram cremar o corpo de Abimael Guzmán, fundador do grupo rebelde Sendero Luminoso, que matou dezenas de milhares de pessoas no país entre 1980 e 1990, e espalhar suas cinzas em um local não revelado.
A cremação vai encerrar mais uma semana de controvérsias sobre o que será feito com os restos mortais de uma das figuras mais detestadas do Peru. Guzmán morreu na prisão no dia 11 de setembro aos 86 anos após uma infecção. Ele cumpria prisão perpétua por crime de terrorismo.
A viúva de Guzmán, Elena Iparraguirre, que também foi líder do Sendero Luminoso e também está presa, solicitou a cremação do corpo para manter as cinzas, afirmou um advogado à Reuters na semana passada.
O advogado, Sebastián Chávez Sifuentes, não respondeu imediatamente a um pedido por comentários.
As autoridades querem espalhar as cinzas de Guzmán para evitar que um eventual local de sepultamento se torne um ponto de reunião para seus apoiadores.
A cremação foi possibilitada por uma nova lei, aprovada no dia 16 de setembro, que permite que as autoridades peruanas façam a cremação e liquidem as cinzas de condenados por terrorismo.
(Reportagem de Marcelo Rochabrun)