MOGADÍSCIO (Reuters) - Piratas somalis libertaram 26 marinheiros asiáticos mantidos em cativeiro em uma pequena vila de pescadores há mais de quatro anos, desde que o navio foi sequestrado no Oceano Índico, afirmaram neste sábado o governo e um especialista marítimo.
Os marinheiros da China, Filipinas, Camboja, Indonésia, Vietnã e Taiwan foram rendidos em março de 2012, quando o navio FV Naham 3 de bandeira Omã seguia para as Seychelles, em uma época em que os ataques piratas na área eram comuns.
"A tripulação irá pernoitar em Galkayo. Ela chegará à Nairobi (capital do Quênia) amanhã, às 18h30 do horário local", disse John Steed, gerente da região da África Oriental para o grupo Oceanos Além da Pirataria.
O prefeito de Galkayo, cidade no norte da Somália, disse anteriormente que a tripulação deveria chegar no Quênia na tarde deste sábado.
"A tripulação não disse se o resgate foi pago", disse o prefeito Hirsi Yusuf Barre à Reuters.
O período que passaram em cativeiro é o mais longo entre os reféns mantidos pelos piratas da anárquica nação africana.
Steed afirmou que um dos membros da tripulação morreu e dois ficaram doentes durante o sequestro. Entre os libertados, um estava sendo tratado de um ferimento de bala em seu pé e três eram diabéticos.
Os marinheiros foram capturados em Dabagala, perto da cidade de Harardhere, cerca de 400 km da capital Mogadíscio. No auge da crise, Harardhere ficou conhecida como a principal base de piratas na Somália.