Por Karen Lema e Bernard Orr e Yimou Lee
MANILA/PEQUIM/TAIPÉ (Reuters) - Pelo menos uma pessoa morreu quando o poderoso tufão Doksuri atingiu a costa do norte das Filipinas com ventos fortes e chuvas torrenciais nesta quarta-feira, transbordando as margens dos rios e deixando milhares sem eletricidade.
A chuva atingiu comunidades costeiras, incluindo aldeias isoladas escondidas em florestas tropicais. Muitas pessoas já haviam sido transferidas para áreas mais seguras antes da tempestade, que levou ventos de até 175 quilômetros por hora.
"Estamos sendo golpeados aqui", disse à Reuters Manuel Mamba, governador da província de Cagayan, que cultiva milho.
A tempestade, rotulada como um supertufão pela Administração Meteorológica da China, tem quase 900 km de diâmetro e a previsão é que mantenha força à medida que continua em direção a Taiwan e ao continente na China.
A agência meteorológica da China já elevou seu alerta de tempestade para o segundo nível mais alto e o centro industrial da província de Guangdong alertou sobre a pior tempestade em uma década.
A previsão é de que Doksuri chegue à China na sexta-feira, o segundo tufão em menos de duas semanas depois que Talim atingiu Guangdong em 17 de julho.
Ao longo de julho, temperaturas recordes causaram estragos em todo o mundo, provocando incêndios florestais nos Estados Unidos e no Mediterrâneo. Os cientistas dizem que o aquecimento global também tornará as tempestades mais violentas.
Nas Filipinas, pelo menos uma pessoa se afogou na província de Rizal, disse a agência nacional de desastres.
Mais de 4.000 passageiros ficaram presos em portos em todo o país depois que as viagens marítimas foram suspensas, disse a guarda costeira filipina.