Por Andre Paultre e Sarah Marsh
PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - A polícia do Haiti comunicou no domingo que prendeu um dos supostos mentores do assassinato do presidente Jovenel Moise, um haitiano que as autoridades acusaram de contratar mercenários para derrubarem e substituírem Moise.
Moise foi morto a tiros na quarta-feira em sua casa de Porto Príncipe. Autoridades haitianas alegam que um grupo de assassinos formado por 26 colombianos e dois haitiano-norte-americanos estão envolvidos no crime, aprofundando o caos na problemática nação caribenha.
O chefe da Polícia Nacional, Leon Charles, disse em uma coletiva de imprensa que o homem preso, Christian Emmanuel Sanon, de 63 anos, voou ao Haiti em um jato particular no início de junho acompanhado por seguranças particulares e que queria assumir como presidente.
Ele não explicou os motivos de Sanon, só disse que são políticos, mas acrescentou que uma das pessoas sob custódia o contatou ao ser presa. Sanon, por sua vez, contatou outros dois "mentores intelectuais" do assassinato, segundo Charles.
"A missão destes agressores era, inicialmente, garantir a segurança de Emmanuel Sanon, mas mais tarde a missão foi alterada... e eles entregaram a um dos agressores um mandado de prisão do presidente da República", disse Charles.
Registros públicos na internet mostram que um homem com o nome de Sanon trabalhou como médico no Estado norte-americano da Flórida, mas não ficou claro de imediato se é o mesmo homem, nem por que ele teria interesse em depor Moise.
(Reportagem adicional de Andrea Shalal em Wilmington, Delaware, Linda So e Chris Prentice em Washington e Peter Szekely em Nova York)