Por Joanna Plucinska e Kacper Pempel
USNARZ GÓRNY, Polônia (Reuters) - Soldados poloneses construíam uma cerca na fronteira com Belarus, nesta quinta-feira, uma vez que o maior integrante do leste da União Europeia adota medidas para conter as travessias ilegais na divisa, apesar das críticas de que alguns imigrantes estão sendo tratados de forma desumana.
A UE acusa o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, de usar imigrantes como parte de uma "guerra híbrida" concebida para pressionar o bloco devido às sanções que este impõe, e construir o muro é parte dos esforços da Polônia para reforçar a segurança na fronteira no flanco leste da UE.
"Quase três quilômetros de cerca foram erguidos desde ontem", tuitou o ministro da Defesa, Mariusz Blaszczak, acrescentando que quase 1.800 soldados estão apoiando a guarda de fronteira.
Na segunda-feira, Blaszczak disse que uma nova cerca sólida de 2,5 metros de altura seria construída, tem como base aquela erguida pelo primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, na fronteira de seu país com a Sérvia.
Nesta quinta-feira, a Reuters viu soldados perto da divisa esticando arames entre postes.
A Polônia é duramente criticada devido ao tratamento dado a um grupo de imigrantes que está retido na fronteira com Belarus há mais de duas semanas, vivendo ao ar livre com pouca comida e água e nenhum acesso a instalações sanitárias.
Na quarta-feira, a instituição de caridade para refugiados Ocalenie Foundation disse que 12 destes 32 imigrantes estão gravemente doentes e que um está à beira da morte.