BUENOS AIRES (Reuters) - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, indicou nesta sexta-feira a sua ministra do Exterior, Susana Malcorra, como candidata ao posto de secretária-geral da Organização das Nações Unidas, numa votação que pode dar pela primeira vez a uma mulher o principal cargo da organização.
As Nações Unidas deram início formalmente em dezembro à corrida para se tornar o próximo secretário-geral, e os 193 integrantes da organização internacional foram incentivados a considerar uma mulher para o cargo. Homens têm ocupado o posto desde que ele foi criado há 70 anos.
Susana Malcorra, de 61 anos, serve ao governo Macri desde que o empresário de centro-direita tomou o poder em dezembro, derrotando os peronistas que por 12 anos dominaram a Argentina com políticas intervencionistas.
Previamente, ela atuou no Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas e serviu como chefe de gabinete do secretário-geral Ban Ki-moon, na ONU. Ela também trabalhou como executiva-chefe da Telecom Argentina.
Sob uma tradição informal que prevê um rodízio do cargo entre regiões, a vez na atual sucessão das Nações Unidas é do Leste Europeu, e seis dos já indicados são de lá.
Contudo, alguns diplomatas, em conversas particulares no mês passado, disseram que o ex-primeiro-ministro de Portugal António Guterres e a ex-premiê da Nova Zelândia Helen Clark lideravam a disputa depois que cada indicado foi sabatinado por duas horas pela Assembleia-Geral.
(Reportagem de Eliana Raszewski e Walter Bianchi)