BOGOTÁ (Reuters) - Mais reféns mantidos pelo grupo rebelde colombiano ELN podem ser libertados em breve, disse o presidente Iván Duque, reiterando que ele não retornará a discussões de paz com as guerrilhas de esquerda até que esses reféns sejam liberados.
O Exército de Libertação Nacional (ELN) libertou na quarta-feira três soldados que mantinha como reféns por quase um mês. Duque afirmou que eles precisam liberar outros 16 reféns antes que discussões de paz, que começaram com seu predecessor em 2017, possam ser retomadas.
Duque disse em seu discurso de posse, em 7 de agosto, que avaliaria as conversas durante os primeiros 30 dias no poder, mas ele ainda não anunciou uma decisão definitiva em relação à continuidade delas.
“Eu comemoro que várias pessoas voltaram para casa nos últimos dias, comemoro que nas próximas horas mais pessoas farão o mesmo, mas precisamos de um gesto convincente para o povo colombiano, e ele precisa ser a libertação de todos que foram sequestrados”, disse Duque, durante um evento em Amagá, no norte da Colômbia.
“Se essa premissa for alcançada e todas as atividades criminais pararem, estamos prontos para começar essa exploração”, disse Duque. “Mas até chegarmos a essa premissa, não vamos designar ninguém para sentar à mesa”.
A última rodada de discussões foi realizada em Cuba e terminou em 1º de agosto. Acredita-se que o ELN está mantendo presos mais seis membros de forças de segurança na província de Choco, assim como dez civis.
As guerrilhas pediram várias vezes ao governo que suspenda operações militares em Choco para que os reféns sejam libertados.