🧐 ProPicks IA de Outubro está agora atualizada! Veja a lista completa de açõesAções escolhidas por IA

Presidente do Equador diz que país está em guerra, enquanto gangues mantêm agentes penitenciários como reféns

Publicado 10.01.2024, 15:28
Atualizado 10.01.2024, 15:30
© Reuters. Policiais apresentam os detidos que invadiram estúdio da TC Television durante transmissão ao vivo, em Guayaquil, Equador, em meio à onda de violência em todo o país 
10/01/2024
REUTERS/Vicente Gaibor del Pino

Por Alexandra Valencia

GUAIAQUIL/QUITO (Reuters) - O presidente do Equador, Daniel Noboa, disse nesta quarta-feira que seu país está "em guerra" com gangues de traficantes, que mantêm mais de 130 guardas penitenciários e outros funcionários como reféns e na véspera tomaram o controle de uma estação de TV ao vivo, além de provocarem explosões em uma onda de violência que deixou as ruas das cidades desertas.

Na terça-feira, Noboa classificou 22 gangues como organizações terroristas, tornando-as alvos militares oficiais. O presidente assumiu o poder em novembro sob a promessa de resolver o crescente problema de segurança pública causado pela expansão de gangues de tráfico de droga que usam o Equador como rota para cocaína.

"Estamos em guerra e não podemos ceder diante desses grupos terroristas", disse Noboa à estação de rádio Canela Radio. 

A tomada de reféns, que começou nas primeiras horas de segunda-feira, e a aparente fuga do líder da gangue Los Choneros, Adolfo Macias, da prisão durante o fim de semana levaram Noboa a declarar um estado de emergência de 60 dias.

Ele endureceu o decreto na terça-feira, após uma série de explosões em todo o país e uma traumática invasão por homens armados a uma emissora de televisão durante transmissão ao vivo de programa. 

O governo afirmou que a violência é uma reação ao plano de Noboa de construir novas prisões de alta segurança para líderes de gangues. 

"Estamos fazendo todos os esforços para recuperar todos os reféns", disse Noboa, acrescentando que as Forças Armadas assumiram o resgate.

"Estamos fazendo todo o possível e o impossível para que os tenhamos sãos e salvos."

O presidente afirmou que nesta semana o país vai começar a deportar prisioneiros estrangeiros, especialmente colombianos, na intenção de reduzir a população carcerária e os gastos. 

Há cerca de 1.500 colombianos na prisão no Equador, disse Noboa à estação de rádio, acrescentando que prisioneiros da Colômbia, Peru e Venezuela representam 90% dos detentos estrangeiros. 

Assim como muitos países latino-americanos, a Colômbia expressou apoio ao governo do Equador e disse nesta quarta-feira que aumentaria sua presença militar e o controle ao longo da fronteira de quase 600 quilômetros que os dois países dividem. 

© Reuters. Policiais apresentam os detidos que invadiram estúdio da TC Television durante transmissão ao vivo, em Guayaquil, Equador, em meio à onda de violência em todo o país 
10/01/2024
REUTERS/Vicente Gaibor del Pino

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia não respondeu de imediato a pedidos de comentários sobre os planos de deportação do presidente equatoriano. 

Noboa também dobrou a aposta em seus planos de separar líderes de gangues da população carcerária geral, aumentar a segurança nos portos e combater a corrupção, entre outras medidas. 

(Reportagem de Alexandra Valencia, em Quito; Reportagem adicional de Herbert Villarraga, em Guayaquil, e Julia Symmes Cobb e Luis Jaime Acosta, em Bogotá)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.