Por Alexandra Valencia
QUITO (Reuters) - O presidente do Equador, Daniel Noboa, prorrogou por 30 dias o estado de emergência no país, enquanto seu governo luta contra a crescente violência atribuída às gangues de tráfico de drogas.
Em um decreto publicado perto da meia-noite de quinta-feira, Noboa disse que a prorrogação era necessária para manter as patrulhas militares em prisões e áreas violentas do país, manter a ordem e reduzir os homicídios.
Noboa declarou originalmente o estado de emergência - seu primeiro desde que assumiu o cargo no final do ano passado - no início de janeiro, em meio a um pico de violência que teve guardas prisionais feitos reféns e a invasão de uma estação de TV por homens armados durante uma transmissão ao vivo.
Noboa, filho de 36 anos de um dos empresários mais ricos do país, designou 22 gangues como grupos terroristas.
Durante o estado de emergência, os homicídios foram reduzidos pela metade - caindo de uma média de 24 por dia para 12 por dia - segundo o decreto.
A assessoria de imprensa de Noboa informou que, entre janeiro e segunda-feira, as forças de segurança realizaram cerca de 150.000 operações em todo o país, prendendo mais de 11.700 pessoas, incluindo 280 acusadas de terrorismo. Quatorze supostos criminosos morreram durante as operações e 3.300 armas e 64,3 toneladas de drogas foram apreendidas.
Os estados de emergência foram frequentemente usados pelo antecessor de Noboa, Guillermo Lasso, para tentar combater a crescente violência nas ruas e nas prisões, com pouco efeito.
(Reportagem de Alexandra Valencia)