Por Marco Aquino
LIMA (Reuters) - O presidente do Peru, Martín Vizcarra, enfrenta um julgamento de impeachment nesta segunda-feira devido a alegações de corrupção, um terreno familiar para o líder de centro da nação andina, que sobreviveu a uma votação anterior que objetivou afastá-lo em setembro e uma tentativa de suspendê-lo em 2019.
Vizcarra, de 57 anos, deve sobreviver mais uma vez, mas o independente – que há tempos faz campanha contra a corrupção oficial – não tem partido em um Congresso fragmentado, o que cria certo grau de incerteza quanto à maneira como os parlamentares votarão de fato.
O país produtor de cobre tem um histórico de turbulências e dramas políticos.
Para retirar o presidente, o Congresso precisa reunir 87 votos dos 130 parlamentares. Na votação de setembro, só 32 da câmara votaram a favor de sua saída.
Vizcarra negou as alegações "infundadas" de que aceitou propinas de empresas que obtiveram contratos públicos quando ele era governador de Moquegua, região do sul do Peru. Ele, por sua vez, acusou o Congresso de "brincar com a democracia".
"Nas últimas semanas, fui atacado sistematicamente através da disseminação de reportagens cujo objetivo principal é danificar a confiança que o povo peruano depositou em mim", disse Vizcarra em um comunicado na noite de domingo.