Por Jack Queen
ATLANTA (Reuters) - Os primeiros corréus junto de Donald Trump no processo criminal da Geórgia que acusa o ex-presidente norte-americano e aliados de tentar reverter sua derrota eleitoral em 2020 se apresentaram em uma prisão de Atlanta nesta terça-feira, de acordo com registros do condado e um comunicado.
O ex-advogado de Trump John Eastman e o observador eleitoral republicano Scott Hall compareceram ao escritório do xerife do condado dois dias antes da data que o próprio Trump disse que se apresentará para enfrentar sua quarta acusação criminal este ano.
Trump, o principal candidato à indicação republicana para a Casa Branca em 2024, tem classificado todos os processos como politicamente motivados e continua a alegar falsamente que sua derrota em 2020 para o presidente democrata Joe Biden foi resultado de fraude.
Eastman disse em comunicado que se apresentaria um dia depois de fechar um acordo de fiança de 100 mil dólares.
“Estou aqui hoje para me entregar em uma acusação que nunca deveria ter sido apresentada”, afirmou Eastman no comunicado.
Hall, um observador eleitoral republicano no condado de Fulton, na Geórgia, foi autuado pelo escritório do xerife do condado nesta terça-feira e ainda não tinha sido libertado, mostraram os registros da prisão.
Hall concordou anteriormente com um acordo de fiança de 10.000 dólares exigindo que ele se apresentasse à supervisão pré-julgamento a cada 30 dias.
Na segunda-feira, Trump concordou em pagar uma fiança de 200.000 dólares e aceitou as condições de fiança que o impediriam de ameaçar corréus ou testemunhas no caso.
Em uma ação com 41 acusações na Geórgia revelada na semana passada, Trump e 18 outros réus foram acusados de extorsão e outros crimes por seus esforços para reverter a derrota de Trump para Biden no Estado.
Os promotores buscam um julgamento em março, mas o número de réus e a complexidade do caso podem levar a atrasos.
Trump enfrenta acusações em três outros casos criminais separados.