LIMA (Reuters) - A Procuradoria peruana pediu nesta terça-feira à Justiça que determine a prisão preventiva do ex-presidente Ollanta Humala e sua mulher, Nadine Heredia, por supostos crimes de lavagem de dinheiro, disse à Reuters uma fonte do Ministério Público do Peru.
Humala e Nadine Heredia estão sendo investigados por lavagem de ativos por supostamente terem recebido 3 milhões de dólares da empreiteira Odebrecht, segundo depoimento do ex-presidente da construtora brasileira Marcelo Odebrecht, como parte do financiamento para a campanha que levou Humala à Presidência em 2011.
O ex-presidente, que governou o país entre 2011 e 2016, nega as acusações.
O procurador de combate à lavagem de dinheiro Germán Juárez apresentou o pedido ao juiz Richard Concepción, que deverá definir até quinta-feira se aceita ou não prender Humala e Heredia, de acordo com a fonte do Ministério Público, que pediu anonimato.
Os advogados do ex-presidente e sua mulher, Wilfredo Pedraza e Julio César Espinoza, se mostraram surpresos com o pedido e disseram que não há justificativa para a solicitação dos procuradores.
O procurador Juárez esteve no Brasil em maio para interrogar Marcelo Odebrecht, que disse ter autorizado o pagamento ao partido de Humala a pedido do PT.
(Reportagem de Mitra Taj, Marco Aquino e Teresa Céspedes)