MOSCOU/KIEV (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, comemoraram, em uma teleconferência, um acordo sobre o fornecimento de gás para a Ucrânia, disse o Kremlin.
"Os líderes saudaram os acordos alcançados sobre as condições do fornecimento e o trânsito de gás natural russo para a Ucrânia. Esse é um passo importante no contexto de assegurar o futuro trânsito ininterrupto de gás para a Europa", disse a secretaria de imprensa do Kremlin em comunicado divulgado nesta sexta-feira.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, ao falar após o acordo ser consumado, disse que a Ucrânia iria garantir o trânsito das remessas de gás para a Europa através do gasoduto que atravessa o país, de modo a não proporcionar à Rússia uma oportunidade de fazer "chantagem".
Yatseniuk, que falava com autoridades ucranianas do setor de energia, criticou o projeto russo chamado Fluxo Sul, que visa transportar gás russo através do mar Negro para a Europa, e acrescentou: "A Ucrânia vai garantir o trânsito."
"A Ucrânia não vai dar à Rússia os meios para chantagear Ucrânia e Europa com diferentes fluxos (de gás)", afirmou ele.
(Reportagem de Maria Kiselyova em Moucou e Pavel Polityuk em Kiev)