Por Cecilie Kallestrup
NAIRÓBI (Reuters) - O embaixador norte-americano Robert Godec participou de uma cerimônia em Nairóbi nesta terça-feira para relembrar os 20 anos de um ataque com caminhões-bomba nas embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, que deixaram 258 mortos e iniciaram a campanha global de violência da Al Qaeda.
Cerca de 200 quenianos e norte-americanos, muitos sobreviventes do ataque, se reuniram no Parque Memorial 7 de Agosto para orar e homenagear as vítimas.
"Nós perdoamos aqueles que nos machucaram, mas não podemos esquecer. Vamos orar para que eles mudem de opinião para que possamos viver felizes juntos", disse Thaddeus Mutiiria Nyaga, cujo filho, Emmanuel, morreu durante o ataque no dia 7 de agosto.
Seu nome foi lido em voz alta junto com o de outras vítimas, à medida que velas foram acesas como parte da cerimônia.
As explosões mataram 12 norte-americanos e deixaram milhares de feridos no que foi o primeiro grande ataque da Al Qaeda em uma campanha de militantes islâmicos.
Três anos depois, o grupo conduziu seu ataque mais notório, colidindo aviões comerciais contra as torres do World Trade Center, em Nova York, e contra o Pentágono, deixando mais de 3 mil mortos.
"Os terroristas realmente tentaram nos dividir. Eles tentaram dividir os quenianos e os norte-americanos. Eles tentaram atacar a civilização. E eles fracassaram", disse o embaixador dos Estados Unidos Robert Godec durante a cerimônia.
O diretor de combate ao terrorismo do Quênia, Martin Kimani, disse que o terrorismo permanece sendo uma ameaça, "mas nosso país tomou passos gigantes para se preparar melhor e para estar mais pronto, e parte dessa prontidão é nossa cooperação com nosso amigos".