NAIRÓBI (Reuters) - Autoridades do Quênia prenderam um suposto caçador ilegal ligado à morte de um rinoceronte-negro ocorrida no parque nacional Lake Nakuru no mês passado, informou o Serviço de Vida Selvagem do país nesta quarta-feira.
Os suspeito, que não foi identificado, foi levado a uma delegacia local e estava sendo interrogado, disse o Serviço de Vida Selvagem do Quênia em publicação no Twitter.
O anúncio acontece em meio a críticas devido às mortes anteriores de 11 animais da espécie ameaçada de extinção em uma transferência mal realizada. Dez dos 11 rinocerontes morreram após a realocação. O único a sobreviver morreu em seguida após ser atacado por leões.
Um inquérito independente descobriu que os animais morreram devido ao estresse a por envenenamento após beberem água salgada.
A população de rinocerontes tem diminuído nos últimos anos na África subsaariana, onde gangues armadas matam elefantes por suas presas e rinocerontes por seus chifres. As partes dos animais muitas vezes são vendidas para a Ásia para uso como ornamento ou medicamento.
O último rinoceronte-branco do norte macho morreu no Quênia em março, deixando para trás apenas duas fêmeas de sua subespécie.
O Quênia tinha 20 mil rinocerontes nos anos 1970, caindo para 400 no anos 1990. Em 2017, o número havia subido novamente, chegando a 1.258 -- sendo 745 rinocerontes-negros e 510 rinocerontes-brancos do sul, de acordo com o Serviço de Vida Selvagem.
(Reportagem de Humphrey Malalo)