ROZSYPNE Ucrânia (Reuters) - Os separatistas pró-Rússia disseram nesta sexta-feira que receberam bem os peritos internacionais e ucranianos que foram ao local da queda do avião da Malásia, no leste da Ucrânia, negando informações do governo de que estavam impedindo a chegada de uma missão de busca e resgate.
A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), entidade da área de segurança e direitos humanos, disse posteriormente que cerca de 30 de seus membros chegaram ao local em helicóptero.
Autoridades ucranianas afirmam que o local onde o avião caiu em território sob controle rebelde no leste da Ucrânia complica os esforços para determinar o que causou o desastre que matou todas as 298 pessoas a bordo.
O governador de Donetsk, Serhiy Taruta, disse que os rebeldes estavam impedindo o trabalho dos especialistas e haviam expressado o desejo de entregar as caixas-pretas do avião para a Rússia, apesar de o governo russo ter dito que não ficaria com elas.
No entanto, um líder rebelde, Sergei Kavtaradze, disse à Reuters por telefone: "Hoje 17 novos trabalhadores e quatro especialistas de Kiev chegaram a Donetsk. Logo eles poderão ir ao local da tragédia. Nós apoiamos o maior número possível de especialistas."
Segundo um porta-voz da OSCE em Genebra, cerca de 30 de seus observadores e peritos já estavam no local e um "grupo de contato" formado por diplomatas da OSCE, Rússia e Ucrânia havia conversado antes com líderes separatistas por videoconferência.
(Reportagem de Anton Zverev)