Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Trinta e sete anos após a Guerra das Malvinas, uma pequena estátua de Nossa Senhora levada no final do conflito e mantida no Reino Unido desde então voltará à Argentina, um gesto de reconciliação que recebeu a bênção do papa Francisco.
Francisco, que é argentino, supervisionou a entrega nesta quarta-feira, quando o bispo Paul Mason, o principal capelão militar da Igreja Católica no Reino Unido, devolveu a estátua de 35 centímetros ao seu colega argentino, bispo Santiago Olivera.
Soldados argentinos levaram consigo a estátua de Nossa Senhora de Luján, um dos ícones mais reverenciados de seu país, em busca de proteção divina quando invadiram as ilhas em 2 de abril de 1982.
A estátua é uma cópia da original de 1630, que está na catedral de Luján.
Ao final do conflito de dois meses, no qual os argentinos foram duramente derrotados, uma autoridade católica responsável pelas Malvinas a entregou ao capelão militar católico que havia chegado com as forças britânicas.
Depois a imagem foi levada ao Reino Unido e abrigada na Catedral Católica Militar de São Miguel e São Jorge de Aldershot, no sul da Inglaterra.
A estátua que estava no Reino Unido voltará à Argentina, e uma réplica irá para a catedral de Aldershot.
Olivera havia pedido sua devolução porque as pessoas da área da Argentina na qual ela era venerada antes da guerra querem poder voltar a orar diante dela.
A Argentina ainda reivindica o arquipélago do Atlântico Sul, que tem uma população de cerca de 4 mil pessoas.